A vida pelo ângulo do morango

sábado, 4 de maio de 2013

2010 - 2013


Estou bem feliz que esse espaço tenha durado mais de dois anos (quem diria que ia durar tanto!). Ainda que meus textos sejam cheio de falhas e imperfeições, é legal poder relembrar o que escrevi vários posts atrás. No entanto, as pausas já estavam ficando muuuuito grandes, em parte por que tenho tentado me focar cada vez mais na vida acadêmica, por outro lado, talvez, por ser um tanto auto-crítica com os meus textos. Enfim, para não deixar o blog às "teias de aranha" estou desativando o blog por tempo indeterminado, até poder me dedicar de verdade a esse espaço assim como antigamente.


Obrigada a todos que acompanharam os meus textos, que comentaram, e que me apoiaram, o blog não teria durado tanto tempo sem vocês! :)


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Let it snow


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Tem muita gente que reclama dessa “magia natalina”. De perder tempo enfeitando a cidade de luzes, decorando árvores ou até fazendo amigos (ou inimigos) secretos. De ter de suportar a festa com familiares quando poderia estar fazendo outra coisa muito mais útil.
A essas pessoas, eu desejo que abracem o natal com a beleza que vai além de um pisca-pisca, mas está mais para um estado de espírito. Que o natal seja uma oportunidade de poder quase cair da cabeceira da cama tentando decorar a casa, de poder viajar milhas para poder ver parentes distantes e não se arrepender disto, para comer besteira, rir da sua tia se queimando com comida apimentada, de cantar/tocar Trini Lopez com seus parentes aos berros mesmo não sabendo a letra direito, de simplesmente poder dar as mãos e poder ver o quanto embora a família cresça e alguns não possam estar mais presentes estamos todos bem pois permanece a alegria de antigos natais.

Um Feliz Natal!




sábado, 20 de outubro de 2012

Lições Antigas

Aqui segue uma breve lista sobre algumas coisas que eu acredito:

- São as coisas bobas as mais lindas.
- Grandes expectativas, sobre o que quer que seja, guardam grandes decepções. Nunca se apoie nelas.
- Gestos podem conquistar uma alma.
- Toda pessoa tem um pouco de medo de estar só. Algumas só disfarçam melhor do que outras.
- Gatos, às vezes, são malignos. Desculpa, mas é verdade. :x
- Homens tem um lado sensível. Não adianta negar.
- Fazer coisas insanas e proibidas é necessário, não apenas pra contar depois pros seus netos.
- Inteligência e sabedoria são coisas totalmente diferentes.
- A maioria das mulheres, são predispostas a serem encantadoras com homens e malignas entre si. É algo bem idiota.
- Tudo que eu penso é digno de ser corrigido e repensado.
- As nuvens são admiráveis. Principalmente às 5:30, quando o céu ganha uma escala de tonalidades única e encantadora. As estrelas também.
- Animais são criaturas incríveis, pois não escondem os sentimentos. Autêntica crueldade, dor e afeto.
- O medo aprisiona pessoas.
- O que sabe que não se pode ser/ter muitas vezes é instigante, mas na maioria das vezes é totalmente desnecessário.
- Coisas naturais realmente são bonitas, e a beleza é tanta que você precisa compartilha-la.
- Narcisismo estraga as melhores pessoas e talentos.
- Eu acredito no poder da arte. Ela nos faz expressar aquilo que está preso em nós.
- Autocrítica é preciso pra você evoluir mas é preciso ter cuidado pra não lhe destruir.
- Não adianta sentir algo e tentar ser forte não demonstrando. No final a verdade, certamente, aparecerá.
- Tudo passa, até a uva passa (eu não resisti, tinha que colocar alguma idiotice xD )
- Inspiração e acertos não podem ser forçados, vem naturalmente no seu tempo.
- Tudo muda, vamos tentar então que seja pra melhor! o/
- As melhores coisas da vida são as surpresas (as piores também).

 Eu não estou mais inspirada em nenhum ponto, agora, então eu vou adicionando mais coisas depois.. :)

Essa lista foi pensada após uma conversa e escrita em 26 de junho de 2011, mas ainda concordo com os pontos que escrevi na época. Depois atualizarei, talvez.


quinta-feira, 28 de junho de 2012

La Valse




Apesar de ainda não tê-la em todas as suas formas, de uns tempos para cá venho sentindo na pele a liberdade e toda sua carga de prós e contras que vem junto. Meu universo aumentou um pouco mais, ao mesmo tempo que o delimito cada vez mais ao meu interior, o que me faz me sentir um pouco mais do gosto da maturidade.
Não me vejo presa mais em nenhum canto ou a ninguém, embora ainda tenha lá alguns amigos e familiares que sejam pilares, mas me vejo cada vez mais dona dos próprios alicerces e sem a mesma ingenuidade de outras horas. Ingenuidade é algo bom, de certa forma, pois está ligado a confiança. No entanto, é preciso ter visão de mundo e saber se erguer sem confiar tanto nas pessoas, elas muitas vezes são cruéis.
Como acredito muito acabo por levar um ou dois arranhões que me ensinam a não mais fazer. São dois passos para trás que dou para dar um passo para frente. Mas este é certeiro, cheio de convicção e experiência. É assim que as coisas funcionam para mim. E nessa valsa onde o regresso faz parte do acerto, que tomo pra mim a liberdade.
Às vezes, é bem mais fácil estar presa a alguma coisa do que ter a ousadia de estupidamente se entregar a sorte e ao seu ritmo. Mas aqui estou eu, um conjunto de vários tropeços e pisões de pé que me deixaram marcas e lembranças e uns poucos e bons acertos.



E eu nunca mudaria isso.


domingo, 6 de maio de 2012

Abdicando a coroa.

Ultimamente, eu tenho passado muito tempo planejando meu futuro. Tenho estruturado cada passo para alcançar grandes metas. Um tanto quanto perigoso fazer algo assim, principalmente quando se trata de pessoas que possuem pensamentos efêmeros como os meus. Mas ainda assim eu planejo, gosto de pensar que tenho as coisas sob o controle, ainda que pouco.

Mas, embora eu seja uma planejadora idealista, estou vivendo e aceitando as limitações e mudanças que aparecem. A grande questão é que não vale de nada apenas planejar, já que querer não é poder. Sim, eu sou totalmente contra esse famoso ditado. Por quê? Bem, eu acredito que além de querer eu devo sempre lutar. Querer é importante para poder, mas não somente com isso se consegue. 

É preciso de ação.
E apesar de eu ser a grande rainha da preguiça, é isso que eu tenho buscado.
Já perdi muita coisa por falta de ação, mas eu não vou deixar mais a vida dar um tapa na minha cara.






sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Café

Eram 3:03 da madrugada e, enquanto os vizinhos dormiam e cessavam suas discussões, ele estava mais acordado do que nunca.  Acontece que àquela hora, em que reinava o silêncio do mundo, era o momento que as pessoas se esqueciam em sonhos e ele podia lembrar-se de si. 
O  jovem se tornava mais vivo a cada minuto daquela madruga, ele podia sentir desde seus passos que martelavam contra o chão de madeira até o bule de leite que agonizava ao forno com um grito que preenchia o apartamento.  Então, como em um ritual de autoconhecimento, despejava o leite no café instantâneo, sentava na ponta da mesa da sua estreita cozinha e tomava, lentamente e com todo um cuidado para não se queimar, cada gole aquecido. E naquela xícara ele começara a sentir o cheiro dos tempos em que ele era apenas um menino.
Era engraçado e até meio estranho relacionar uma coisa dessas. Talvez fosse o horário ou, quem sabe, a bebida mais cedo que o tivesse feito ver tanto em uma mísera xícara, mas o fato é que ele não podia se desfazer de uma velha cena que se repetira por várias antigas manhãs. 
Com a altura das suas atuais pernas, o pequeno traquina engatinhava abaixo da antiga mesa de madeira da casa de sua mãe, ao mesmo tempo em que se chocava com as pernas de seu pai que dançavam, entre risos, por baixo da mesa.  Sua mãe, que olhava de soslaio, despejava o estoque do mesmo café na garrafa térmica, suspirando “Esse menino ainda vai levar um belo de um galo!”. O pai, ainda com meio riso da brincadeira, retrucou “ Sim, um belo galo seria um bom preço pra uma bela saudade!”. E como premonição, logo após a fala veio o galo e agora, 15 anos depois, a saudade.





domingo, 11 de dezembro de 2011

Retrato Juvenil

Naquela praça havia um velhinho, desses que tem um cabelo bem alvo e cheiram a sabonete. Enquanto eu passava por ela, perdida nos meus pensamentos, entre tropeções do piso desigual, ele aproveitava os últimos momentos de fim de tarde com seu fiel amigo.  Era uma cena pitoresca, ajudada pelo farfalhar das árvores e os raios de cinco e meia. Lá estava uma pequena amostra de juventude: o velhinho, em sua cadeira de rodas, passeando com seu cachorro.